Os servidores do Banco Central decidiram encerrar a greve que começou em abril, mesmo sem atingir o objetivo de reajuste na remuneração. Além de aumento nos salários, os servidores também reivindicavam uma reestruturação de carreiras.
Segundo o Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central, a assembleia decidiu por terminar a greve também por conta do fim do prazo legal para ampliação de gastos com pessoal. A Lei de Responsabilidade Fiscal impede reajustes nos últimos 180 dias de mandato
O começo da greve
Os servidores públicos federais começaram a se mobilizar pelo reajuste no começo do ano, depois que o presidente Jair Bolsonaro prometeu um aumento apenas para as forças policiais.
Em abril, Bolsonaro chegou a decidir dar um aumento de 5% para todos os servidores, mas a proposta não foi bem aceita por ser bem abaixo da inflação acumulada dos últimos anos. O governo acabou desistindo de fazer o reajuste.
Nos últimos três meses, as tradicionais publicações do Banco Central não foram feitas, como o relatório Focus, que reúne as projeções do mercado financeiro, e as estatísticas de crédito, que medem mensalmente a atividade econômica.
O BC informou que com a volta ao trabalho, as divulgações serão atualizadas.