Durante a pandemia, o mercado financeiro viveu um “boom” de ofertas de ações de redes de farmácias do Brasil. Mesmo assim, a DPSP, dona das marcas Drogarias São Paulo e Pacheco, manteve-se firme como uma empresa de capital fechado, e nem por isso deixou de crescer. A companhia vai investir R$ 450 milhões neste ano, cifra R$ 100 milhões maior do que a de 2021. Com isso, deve fechar 2022 com 77 novas lojas abertas e a estreia da rede em seu nono Estado de atuação, o Mato Grosso.
E o plano é acelerar. Para 2023, está mapeada a abertura de 120 novas lojas. A projeção é que o faturamento alcance R$ 13 bilhões neste ano, ante um faturamento de R$ 12 bilhões no ano passado.
No Brasil, a líder do setor é a RD, da rede Raia e Drogasil, conforme dados da Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma), com um faturamento de cerca de R$ 25 bilhões ano passado. Já a DPSP configura na segunda posição, mas já acompanhada de mais de perto pela rede Pague Menos, que ganhou mais porte com a aquisição da Extrafarma. Segundo dados da consultoria Varese Retail, as cinco maiores redes têm uma participação de 35% no setor como um todo.
Surto de gripe ajudou a promover a rede
Com um surto de gripe fora de época no Brasil, muitas farmácias ficaram desabastecidas neste ano, com falta de diversos tipos de medicamentos, como os antibióticos e antitérmicos. A DPSP, beneficiada por contratos com as indústrias farmacêuticas e com flexibilidade de logística para transferir medicamentos de uma unidade para outra, conseguiu driblar melhor o problema de fornecimento do mercado, o que se traduziu em ganho de mercado em São Paulo, disse o presidente da rede.
Por ter seu capital fechado, o executivo não abre o ganho de participação de mercado, alegando ser um dado estratégico. O faturamento total do setor no Brasil, por ano, é de mais de R$ 64 bilhões, conforme levantamento feito pela Abrafarma.