Segundo dados divulgados pelo IBGE esta semana, O IPCA-15, que mede a inflação entre os dias 15 de Julho e 15 de Agosto, teve queda de 0,73%. Foi o menor resultado para o índice desde o início da série histórica do IBGE, em 1991. O presidente do Banco Central estima que a inflação negativa deve durar três meses.
A deflação se deve, principalmente, à queda no preço dos combustíveis (-15,33%). Segundo o IBGE, a gasolina caiu 16,80% e deu a maior contribuição negativa ao índice do mês (-1,07 ponto percentual).
Também foram registradas quedas no etanol (-10,78%), gás veicular (-5,40%) e óleo diesel (-0,56%).
Mas, na prática, ainda vai demorar para o brasileiro sentir alívio no bolso nas idas ao supermercado. Vários itens importantes na cesta de consumo acumulam fortes altas nos últimos 12 meses.
O leite, principal vilão do momento, que avançou 14,21% em agosto, acumula alta de 79,79% ao ano. A cebola subiu 56,57%. O feijão carioca, 33,99%. A farinha de trigo, 28,88%. A inflação de alimentos não dá tréguas e itens de higiene e limpeza também acumulam fortes altas, como o sabonete, que subiu mais de 20% em um ano.
Veja, abaixo, a lista dos produtos que mais subiram nos últimos 12 meses.
- Leite longa vida: 79,79
- Pepino: 78,61%
- Melão: 64,16%
- Morango: 60,49%
- Cebola: 56,57%
- Melancia: 50,93%
- Manga: 47,88%
- Óleo diesel: 37,28%
- Alimento infantil: 34,49%
- Feijão – carioca (rajado): 33,99%
- Mamão: 33,84%
- Repolho:29,82%
- Maçã: 29,53%
- Farinha de trigo: 28,98%
- Seguro voluntário de veículo: 28,28%
- Alface: 27,09%
- Leite condensado: 26,67%
- Banana-d’água: 25,62%
- Macarrão instantâneo: 24,72%
- Abobrinha: 22,79%
- Maionese: 22,55%
- Agasalho feminino: 21,49%
- Farinha de arroz: 21,25%
- Sabonete: 20,95%
- Couve: 20,87%