Após 12 altas seguidas desde março de 2021, o Banco Central manteve a Selic em 13,75% ao ano. Com isso, se encerrar o maior ciclo de alta de juros desde a criação do regime de metas de inflação, em 1999. Esse ciclo, que durou 18 meses, começou com os juros no menor patamar da história, em 2% ao ano.
No comunicado do Comitê de Política Monetária (Copom), o Banco Central disse que se “manterá vigilante” sobre a inflação e continuará avaliando se a estratégia de parar de subir os juros por período “suficiente prolongado” será capaz de controlar os preços.
Na avaliação do Copom, o ambiente inflacionário “segue pressionado” enquanto países avançados seguem nas estratégias de elevar as taxas de juros. No caso brasileiro, a análise é que há risco de alta para a inflação pela persistência de pressões globais e a incerteza sobre o arcabouço fiscal.
O mercado aposta que os juros começam a cair no próximo ano, chegando ao final de 2023 em 11,25%. A inflação prevista para o ano que vem deve ser em 5,01%.