Os rotativos do cartão são uma modalidade de crédito emergencial cara, porém extremamente acessada pela população em momentos de dificuldades. O Banco Central divulgou nesta segunda-feira (28) que a taxa de juros deste tipo de crédito ficou em 399,5% ao ano no mês de outubro. Esse é o maior patamar desde agosto de 2017, quando ficou em 428%.
Para quem opta em parcelar a fatura do cartão de crédito, a taxa de juros cobrada pelos bancos recuou de 185,6% para 184,5% ao ano. Já no cheque especial, os juros caíram para 132,5% ao ano.
Em média, as famílias brasileiras comprometem 28,7% de sua renda com o pagamento de dívidas – e este é o maior patamar da série histórica do Banco Central, iniciada em 2005. As dívidas com cartões de crédito e cheque especial são as mais frequentes.
A inadimplência no crédito livre, ou seja, que não considera recursos direcionados ou subsidiados, como financiamento habitacional, ficou em 4,2%, maior patamar desde agosto de 2018. Esse indicador considera os atrasos nos pagamentos superiores a 90 dias.