Cada vez mais presente na vida financeira do brasileiro, o Pix deve ganhar ainda mais força no próximo ano. Isso porque o Banco Central anunciou novas funções e inovações para aumentar a eficiência e a segurança da modalidade de pagamento. As novas funções incluem o pagamento de contas em débito automático e agendado e transferências internacionais.
Hoje há 536,9 milhões de chaves cadastradas para 140 milhões de usuários. O sistema de transferências instantâneas do BC também termina 2022 com um recorde: superou pela primeira vez a marca de cem milhões de operações — que somaram R$ 60 bilhões — em um único dia.
O BC estima que mais de 60 milhões de pessoas sem acesso a transferências bancárias via TED passaram a usar o Pix nestes dois anos. Estudo da consultoria ACI Worldwide, citado pelo BC, indica que o sistema gerou, em 2021, economia de US$ 5,7 bilhões (quase R$ 30 bilhões) para empresas e consumidores. Com novas aplicações, a cifra deve chegar a US$ 37,9 bilhões (R$ 195,7 bilhões) até 2026.
A expectativa do BC é aumentar ainda mais a competição do Pix com os cartões de crédito e débito no pagamento de serviços como streaming, academias, condomínios e até transporte e delivery contratados por aplicativos como Uber e iFood, ampliando o acesso.
Operação internacional
O Pix Internacional poderá permitir transações instantâneas entre usuários no Brasil e pessoas e empresas em outros países. O principal entrave, no entanto, ainda é a conciliação de diferentes aparatos legais.
Em evento interno recente, o BC confirmou que tem mantido reuniões com os EUA para compartilhar informações sobre o Pix, mas ressaltou que o sistema americano, previsto para ser lançado em 2023, não tem relação com o brasileiro.