A privatização da Eletrobras abriu as portas para que milhares de trabalhadores com FGTS buscassem uma alternativa para diversificar o rendimento dos recursos. Como já havia ocorrido no passado com Vale e Petrobras, os trabalhadores puderam usar recursos do FGTS para participar do processo de privatização da Eletrobras via Fundo Mútuo de Privatização (FMP), que são fundos mono ativos, concentrados e, portanto, expostos aos riscos de uma única empresa.
O que poucos sabem é que, após seis meses, os recursos alocados no FMP podem migrar para fundos de investimentos de gestão ativa e mais diversificados. A Xp, por exemplo, acaba de criar dois produtos voltados para receber recursos dos FMPs.
“É um produto ação livre, ou seja, temos liberdade para buscar melhor retorno para o cotista”, explica Marcos Peixoto, gestor responsável pela Renda Variável na XP Asset, acrescentando que o cotista que fizer a portabilidade dos recursos do FMP da Eletrobras para o FMP Investor não é tributado e passa a ter um produto com melhor risco e retorno.
Após 12 meses, seguindo as regras dos FMPs, os investidores podem se desejarem pedir o retorno dos recursos para o FGTS. Só no FMP da Eletrobras, de junho de 2022, quase 400 mil trabalhadores autorizaram o uso dos recursos do FGTS para o investimento nas ações da estatal.