A multinacional brasileira JBS deu mais um passo para o projeto de abrir capital nos Estados Unidos. A maior fornecedora de carnes do mundo apresentou um pedido de registro à SEC, o órgão regulador do mercado de capitais dos EUA, e buscará a aprovação dos acionistas para negociar suas ações na Bolsa de Valores de Nova York.
A JBS tenta levar suas ações para serem negociadas no mercado americano há mais de uma década, período no qual registrou forte expansão internacional. Mas um cenário econômico adverso e os escândalos de corrupção nos quais os irmãos Wesley e Joesley Batista se envolveram acabaram adiando os planos de abrir capital nos EUA.
O CEO da empresa, Gilberto Tomazoni, acredita que desta vez será diferente. A listagem nos Estados Unidos é vista como fundamental para que a empresa tenha acesso a um grupo mais amplo de investidores institucionais e para aumentar a confiança em seus padrões de governança corporativa, reduzindo os seus custos de financiamento e melhorando sua avaliação vis a vis seus rivais americanos.
As operações do grupo nos EUA, que incluem a produtora de frangos de capital aberto Pilgrim’s Pride, geram quase metade das receitas da JBS. O Brasil, onde a empresa foi criada há 70 anos, responde por 12% das vendas.
A empresa continuará a ser administrada a partir de sua sede em São Paulo. Os recibos de depósito brasileiros (RDBs) lastreados em ações da JBS serão negociados na Bolsa de Valores de São Paulo, onde a empresa está atualmente listada.