A Kering, conglomerado de luxo francês dono da Gucci, acertou a compra de uma participação de 30% da grife Valentino por € 1,7 bilhão (ou cerca de US$ 1,9 bilhão). O acordo inclui opção de compra de 100% da empresa até 2028.
Nos últimos anos, o grupo tem evitado grandes transações. O negócio marca um retorno à realização de grandes negócios para a Kering, grupo que a família francesa Pinault ergueu por meio de aquisições de marcas como Saint Laurent e Balenciaga.
Executivos disseram que a participação na Valentino é o primeiro passo para uma parceria estratégica da Kering com o Mayhoola, o fundo de investimento do Catar que é dono da grife italiana. O fundo pode vir a comprar uma fatia na Kering no futuro.
A Valentino marca teve receita de € 1,4 bilhão (R$ 7,2 bilhões) no ano passado. Ela tem 211 lojas em mais de 25 países. Já as vendas da Gucci aumentaram apenas 1% no segundo trimestre, bem abaixo do ganho de 4,2% esperado pelos analistas.
O CEO da Kering, François-Henri Pinault, tem se esforçado para acompanhar o ritmo dos rivais em meio a um boom no setor de moda que ajudou a transformar a maior empresa francesa, a LVMH, na companhia mais valiosa da Europa. Nesta sexta-feira, por exemplo, a Hermes registrou um salto nas vendas devido à demanda por produtos como suas icônicas bolsas Birkin, principalmente nos Estados Unidos e na China.