Após reunião do conselho de administração, a Petrobras anunciou sua nova política de dividendos. De acordo com a empresa, ficou estabelecido remuneração mínima anual de US$ 4 bilhões para exercícios em que o preço médio do barril de petróleo tipo Brent for superior a US$ 40 por barril.
Além disso, a empresa mudou sua fórmula de cálculo de dividendos. Agora, a companhia vai distribuir aos seus acionistas 45% do fluxo de caixa livre (valor que sobra do caixa gerado com a operação depois de descontados os investimentos). Essa fórmula só será aplicada caso de dívida bruta for igual ou inferior ao nível máximo de endividamento definido no plano estratégico em vigor e de resultado positivo acumulado a serem verificados no resultado trimestral apurado.
Segundo a Petrobras, essa fórmula será aplicada com base nos resultados obtidos em cada trimestre. Ou seja, a estatal vai pagar dividendos a cada três meses.
Até então, a estatal praticava outra fórmula. O modelo de distribuição de dividendos previa que, em caso de endividamento bruto inferior a US$ 65 bilhões, a Petrobras poderia distribuir aos seus acionistas 60% do fluxo de caixa livre. No fim de 2021, sob gestão de Joaquim Silva e Luna estatal passou a permitir a antecipação de dividendos.
Na nova política de remuneração, a companhia também anunciou que poderá recomprar ações no mercado. “A recompra, quando ocorrer, deverá ser realizada por meio de programa estruturado aprovado pelo Conselho de Administração”, disse a estatal. A Petrobras disse que poderá “em casos excepcionais” realizar a distribuição de remuneração extraordinária aos acionistas.