De acordo com dados do Banco Central, a limitação dos juros do cheque especial, a partir de janeiro de 2020, provocou redução de custos dessa linha na ponta, queda da inadimplência e aumento tanto do saldo quanto das concessões.
As estatísticas mostram que o saldo de crédito concedido por essa modalidade subiu de R$ 24,15 bilhões, em dezembro de 2019 (último mês antes do início da medida), para R$ 32,63 bilhões em junho deste ano, o último dado disponível. Na mesma comparação, as concessões saltaram de R$ 31,71 bi para R$ 38,97 bilhões. Ou seja, cresceram tanto o estoque da dívida por essa modalidade quanto o fluxo de novos empréstimos.
Ao mesmo tempo, as taxas de juros, embora permaneçam extremamente altas, caíram mais de 100 pontos percentuais, de 247% ao ano, em dezembro de 2019, para 133% em junho. Já a taxa mensal caiu de 10,94% para 7,33%.
Levando em consideração que em dezembro de 2019 a taxa básica de juros, Selic, estava em 4,5%, e hoje está 13,25%, os juros do cheque especial caíram mesmo com aumento da Selic. No mesmo período, a inadimplência da linha recuou de 17,57% para 13,04%.
No momento, governo, Banco Central, Congresso e instituições financeiras buscam uma alternativa para o rotativo do cartão de crédito, modalidade que preocupa por ter juro anual acima de 400%.