Em apenas três anos, o Pix caiu no gosto do brasileiro e já se tornou a forma de pagamento mais utilizada no país. A modalidade, que surgiu como uma alternativa ao TED e ao DOC por permitir pagamentos à vista em qualquer horário ou dia da semana, vem tendo as funcionalidades ampliadas, podendo, inclusive, se tornar um concorrente do cartão de crédito em breve.
Bancos e fintechs decidiram se antecipar aos planos do Banco Central e começaram a oferecer o “Pix parcelado. Com ele, é possível parcelar as compras em até 24 vezes, sempre com juros. O Pix parcelado, que também poderá se chamar Pix garantido ou Pix crédito, consta na agenda evolutiva do BC, ainda sem data certa para lançamento. O que os bancos fizeram foi aproveitar essa lacuna e se antecipar ao seu lançamento.
O modelo é semelhante a um parcelamento com juros no cartão de crédito. Em alguns casos é vinculado ao limite do próprio cartão e, em outros, relacionado a um tipo de empréstimo que o banco ofereça. Na prática, funciona assim: o lojista ou a pessoa física recebe o pagamento na hora, e é o correntista quem arca com os juros do parcelamento. Quanto mais parcelas, maiores costumam ser as taxas aplicadas.
Mas especialistas alertam que, apesar da facilidade da nova modalidade de crédito, consumidores devem estar atentos para risco de endividamento excessivo. Há mais de 70 milhões de endividados no país, segundo dados da Serasa.