Uma nova norma da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) passou a permitir que fundos de investimentos para o público geral possam aplicar todo o seu capital no exterior.
A medida deve aumentar o interesse de brasileiros por aplicações fora do país. Anteriormente, a norma da CVM permitia apenas que fundos para o público geral investissem até 20% do patrimônio líquido em ativos lá fora.
Com a mudança, bancos e corretoras têm tornado esse tipo de investimento mais acessível — com valores iniciais cada vez menores —, seja por plataformas brasileiras ou contas digitais globais. A tendência, com o início do ciclo de cortes na taxa básica de juros (Selic), é aumentar a busca por alternativas à renda fixa. As corretoras esperam maior demanda por aplicações lá fora.
Investimentos no exterior
A alta na procura dos brasileiros por investimentos no exterior começou em 2020, durante a pandemia, quando os juros no Brasil caíram a 2% e deixaram muita gente órfã dos altos ganhos da renda fixa. Papéis no exterior foram vistos como mais seguros e vantajosos. Além disso, as Bolsas nos EUA serviram como atrativo: o índice S&P 500, por exemplo, teve rentabilidade de 34% nos últimos três anos.