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Peso argentino continua em queda após vitória de Milei. Mercado interacional reage

As eleições argentinas deste domingo, que levaram à definição do libertário Javier Milei como novo presidente do país, movimentaram o mercado internacional. Nesta segunda-feira (20), o principal fundo de investimento dedicado a ações da Argentina na Bolsa de Valores de Nova York, o ETF (Exchange Traded Fund, do inglês), sofreu forte alta no pré-mercado.

Os ADRs, conhecidos como recibos de ações, da estatal de petróleo YPF subiram 18,5%, nesta manhã, enquanto as ações do grupo financeiro Galicia acumularam ganhos de 12,6% e as do Banco Macro, 12,7%.

A vitória de Milei também levou ao aumento do fundo ARGT, que mede o desempenho do mercado de empresas de grande e médio porte com presença global. As ações desse índice subiram 14% nesta manhã.

Segundo a emissora americana Bloomberg, os títulos com vencimento em 2035 e 2041, do mercado de renda fixa, subiram mais de 15%.

Peso Argentino

O peso argentino, que já vem sofrendo baixas nos últimos meses, deve continuar em queda. O valor da moeda oficial da Argentina caiu para cerca de 1.000 por dólar nas bolsas locais, representando uma queda de 8% em relação ao preço de sexta-feira (17), antes da eleição.

Dolarização da economia

Uma das propostas de Javier Milei à frente da Casa Rosada é emplacar seu projeto de dolarização da economia argentina, visando a derrubada do peso, que sofre constante desvalorização, nos últimos meses.

Em seu plano, o libertário sugere estimular a concorrência monetária na Argentina a fim de permitir que os cidadãos escolham livremente o sistema que querem seguir, o peso ou o dólar, até que o Banco Central Argentino seja eliminado definitivamente.

Dólar fecha a R$ 4,85, menor patamar desde agosto

O dólar fechou em queda firme nesta segunda-feira (20). Em pregão com liquidez reduzida, o câmbio acompanhou o desempenho mais fraco da moeda americana no exterior.

O avanço de commodities como o petróleo e o recuo dos títulos do Tesouro americano, os Treasuries, também deram suporte ao real. No pregão, os investidores repercutiram novas projeções contidas no boletim Focus.

O dólar caiu 1,11%, negociado a R$ 4,8517, após atingir a mínima de R$ 4,8475. É a menor cotação de fechamento desde o pregão de 02 de agosto, quando a divisa encerrou a R$ 4,8039.

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