Diferente da aviação comercial, que está penando para manter seu equilíbrio financeiro, a aviação executiva mostra um crescimento invejável no país. O número de pousos e decolagens de aviões de negócios aumentou, assim como a frota. As vendas, tanto no mercado de novos quanto no de “jatinhos usados”, também estão em alta.
Em 2019, segundo a Abag, foram 875,9 mil pousos e decolagens de aeronaves de negócios nos cem principais aeroportos do país. Esse número saltou para 901,9 mil em 2021 e chegou a 931,2 mil em 2022, No ano passado, o patamar foi praticamente mantido, com 926,1 mil operações. A frota de negócios (incluindo jatos, turboélices, helicópteros) atingiu 9.990 unidades em dezembro. Eram 9.607 um ano antes.
Além da demanda de empresários, com destaque para os do agronegócio, há mais compras para serviços médicos e para o governo. Com regras facilitadas recentemente, crescem também os serviços de táxi-aéreo, com preços até próximos dos aviões de carreira no país, cujos bilhetes têm estado nas alturas.
Investimentos à vista
Considerando a frota de jatos, o Brasil só fica atrás dos EUA, que tem frota de 14 mil unidades. A frota brasileira saltou de 780 unidades em 2022 para 852 no ano passado. Mas a economia da aviação comercial vai além dos jatinhos. Envolve também a infraestrutura e os serviços que eles demandam.
Um sinal de que esse setor está avançando é o surgimento, em Goiás, do Antares Polo Aeronáutico, um empreendimento que está sendo construído em Aparecida de Goiânia sob a promessa de se tornar o maior aeroporto de negócios do Centro-Oeste, onde o agronegócio domina. Os investimentos são da ordem de R$ 100 milhões, nesta primeira fase. A pista e o terminal de operações devem começar a operar no fim do ano.