A cotação do bitcoin bateu novo recorde na manhã desta segunda-feira, chegando a US$ 72 mil. É a sexta alta seguida da moeda, impulsionada, principalmente, pelos ETFs e o halving. Só este ano, as cotações dispararam quase 70%.
O que é o halving?
Quando o bitcoin foi criado, essa criptomoeda foi programada para totalizar 21 milhões de unidades. Atualmente, há cerca de 19,5 milhões, e o último bitcoin deve ser gerado em 2140.
Cada um deles nasce da chamada “mineração”: computadores resolvem equações matemáticas complexas e recebem novos bitcoins como recompensa. A cada quatro anos, esse pagamento cai pela metade — e a isso se dá o nome de halving. O próximo acontece em abril.
O halving é uma forma de a mineração de bitcoins ir diminuindo aos poucos, limitando a oferta de moedas digitais e favorecendo sua valorização. Vai acontecer num momento em que a demanda por bitcoin está em forte alta.
O que são os ETFs?
Desde o início do ano, com a aprovação, pela Securities Exchange Comission (SEC, órgão regulador do mercado de capitais) das negociações de ETFs de bitcoins, a criptomoeda ganhou novo impulso.
Os ETFs, sigla para Exchange Traded Funds (ETFs), são fundos negociados em Bolsa que tentam acompanhar o valor de um ativo. ETFs de bicoin já existem no Brasil desde 2021. Permitem ao investidor aplicar em bitcoins sem ter de comprar uma fração delas diretamente.
Ao ganhar o aval do órgão regulador americano, os ETFs de bitcoin podem agora receber investimentos de investidores institucionais, como seguradoras e grandes fundos de pensão que, por seguirem regras mais rígidas para aplicar seus recursos, não podiam antes aportar recursos neste tipo de fundo.
Após a aprovação da SEC, em apenas dois meses, os investidores aportaram US$ 10 bilhões em ETFs de bitcoins nos EUA.