A Polícia Federal (PF) vai abrir um inquérito para apurar suspeitas de irregularidades no leilão de arroz promovido pelo governo federal, cujo resultado foi anulado nesta terça-feira.
A anulação ocorreu devido às suspeitas de irregularidade. A União pretende fazer novo pregão, mas a data não foi definida. O texto do edital do novo leilão será elaborado em parceria com a Advocacia-Geral da União (AGU) e a Controladoria Geral da União (CGU).
Integrantes do governo argumentam que, pela Lei de Licitações, os vencedores do leilão só podem ser conhecidos depois da apresentação das propostas. A exigência de uma maior capacidade econômica traria garantias de que a empresa terá condições de fazer a importação do arroz.
Três das quatro empresas que ganharam o certame, a ARS Locação de Veículos e Máquinas, a Zafira Trading e a Icefruit Indústria e Comércio de Alimentos, não trabalham com arroz. A maior fatia, equivalente a 56% do total, foi arrematada por uma mercearia de bairro de Macapá.
Entenda o leilão
No leilão realizado na semana passada, o governo arrematou 263 mil toneladas de arroz. O preço médio de cada saco de 5 quilos atingido foi de cerca de R$ 25.
A decisão de importar arroz veio poucos dias depois do início das enchentes no Rio Grande do Sul. O estado é responsável por 70% da produção nacional do grão, mas já havia colhido 80% do cereal antes das inundações.