Hoje acontece a “superquarta” da economia. O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil finaliza nesta quarta-feira (18), a reunião para decidir qual será a nova taxa básica de juros do país, a Selic. A decisão ocorre no mesmo dia em que o Fed, banco central americano, deve decidir pela redução da taxa na maior economia do mundo.
Nas últimas três reuniões, o comitê manteve a Selic em 10,5% ao ano, mas sua manutenção no atual patamar é descartada por diversas instituições de mercado. Se a taxa for de fato elevada, será a primeira alta no governo Lula.
Grandes bancos e financeiras já apostam num início de ciclo de alta, diante da atual conjuntura de economia forte, desemprego em patamar baixo e estímulos fiscais impulsionando a economia. Tudo isso impulsiona o consumo, o que pressiona a inflação. Para manter o índice de preços sob controle, o BC elevar a taxa de juros, tornando o crédito mais caro e, assim, reduzindo o apetite pelo consumo.
A autoridade afirmou, no início de agosto, que o cenário global incerto e o doméstico, marcado por resiliência na atividade, elevação das projeções de inflação e expectativas desancoradas “demandavam acompanhamento diligente e ainda maior cautela”.