Dados divulgados pelo IBGE mostram que em setembro, o IPCA-15, considerado a prévia da inflação, desacelerou e ficou em 0,13%, após registrar 0,19% em agosto. O número veio abaixo da expectativa dos analistas, que esperavam alta de 0,28%. No ano, o IPCA-15 acumula alta de 3,15%, e em agosto de 2023, a taxa foi de 0,28%.
O maior impacto veio da energia elétrica residencial, que passou de -0,42% no mês anterior para 0,84% em setembro, por conta da bandeira tarifária vermelha vigente este mês.
Em 12 meses, a variação do IPCA-15 foi de 4,12%, menor que os 4,45% calculados nos 12 meses imediatamente anteriores. Com a desaceleração em 12 meses, a alta no período fica abaixo do teto da meta de inflação para o ano, que é de 3%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.
Contribuições para o índice
A alta foi observada em seis grupos, mas a maior variação veio da habitação (0,50%). Além da energia elétrica, a taxa de água e esgoto também teve alta (0,38%), após reajustes tarifários em São Paulo, Salvador e Fortaleza. Outro subitem do grupo que também viu os preços subirem foi o gás encanado (0,19%), após reajuste no Rio de Janeiro e mudança na estrutura das faixas de consumo nas faturas em Curitiba.
Após dois meses de queda nos preços, o grupo de alimentação e bebidas, que tem o maior peso no índice, registrou aumento de 0,05%. A alimentação no domicílio caiu 0,01%, após recuar 1,30% em agosto. Enquanto os preços da cebola (-21,88%), da batata-inglesa (-13,45%) e do tomate (-10,70%) tiveram queda, o mamão (30,02%), a banana-prata (7,29%) e o café moído (3,32%) ficaram mais caros.
A alimentação fora do domicílio teve alta nos preços (0,22%), mas desacelerou em relação ao mês anterior (0,49%), já que teve aumentos menores no lanche (de 0,76% em agosto para 0,20% em setembro) e na refeição ( de 0,37% para 0,22%). Apenas os grupos de despesas pessoais (-0,04%) e transportes (-0,08%) tiveram queda.