O Banco Central elevou a taxa Selic em 0,50 ponto percentual (pp) nesta quarta-feira, de 14,25% para 14,75% ao ano, o maior patamar desde agosto de 2006 (14,75%), no primeiro mandato do presidente Lula.
A decisão unânime do Comitê de Política Monetária (Copom) marca a sexta alta consecutiva dos juros básicos da economia brasileira em meio a um cenário de inflação elevada e persistente.
Diante de um ambiente de elevada incerteza, o BC preferiu se abster de dar indicações sobre os próximos passos, mas, segundo economistas, dá sinais de que o aumento desta quarta pode ter sido o último do ciclo.
No entanto, o Copom já sinalizou que o cenário sugere uma “política monetária em patamar significativamente contracionista por período prolongado” para assegurar a convergência da inflação à meta de 3,0%. Atualmente, as projeções oficiais do BC apontam para uma inflação de 4,8% em 2025 e 3,6% no fim de 2026, acima da meta definida pelo Banco.