O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), considerado uma prévia do PIB, caiu 0,5% em julho frente a junho, já com ajuste sazonal. O dado, divulgado nesta segunda-feira (15), confirma a terceira retração mensal consecutiva, após quedas de 0,2% em junho e 0,1% em maio.
Na comparação com julho de 2024, o IBC-Br registrou alta de 1,1% (sem ajuste). O índice acumula avanço de 2,9% no ano e de 3,5% em 12 meses, também sem ajuste sazonal, mostrando que a economia mantém algum crescimento no acumulado, apesar da perda de fôlego recente.
Entre os setores, o recuo foi disseminado: agropecuária caiu 0,8%, indústria recuou 1,1% e serviços tiveram leve baixa de 0,2% em julho, todos já descontados os efeitos sazonais.
Desaceleração em linha com o cenário de juros altos
Economistas já esperavam desaceleração da atividade neste segundo semestre, reflexo da taxa Selic em 15% ao ano, o maior nível em quase duas décadas. O próprio Banco Central tem sinalizado que os juros devem permanecer elevados por um período prolongado para garantir a convergência da inflação à meta de 3%.