O presidente dos EUA, Donald Trump, e o líder chinês, Xi Jinping, se reuniram nesta quinta-feira (30) e acertaram uma trégua de um ano na guerra comercial. Foi o primeiro encontro dos dois frente a frente desde 2019. O acordo envolve redução de tarifas sobre produtos chineses, fim do controle a exportações de terras-raras por parte de Pequim e retomada da compra de soja americana.
Dois assuntos anda Ficaram em aberto: o novo superchip da Nvidia, o chamado Blackwell, e o futuro do TikTok nos EUA. O mercado reagiu ao acerto com ceticismo, pois não houve assinatura de qualquer documento.
Trump e Xi conversaram por cerca de uma hora e meia. Logo após o fim do encontro, o presidente americano deixou a Coreia do Sul. Na saída, ambos os líderes evitaram dar declarações. Mas já a bordo do avião presidencial Air Force One, o republicano anunciou ter chegado a um acordo com Xi e comentou a reunião dos dois.
Eu diria que, em uma escala de zero a dez, sendo dez o melhor, diria que a reunião foi um 12. E emendou: Tudo relacionado aos elementos de terras-raras foi resolvido, e isso vale para o mundo — disse Trump a jornalistas no Air Force One, após o encontro com Xi em Busan, Coreia do Sul.
O que a China se comprometeu a fazer:
- suspender controles sobre ímãs de terras-raras. Pequim havia apertado drasticamente suas restrições a exportação desses minerais no início deste mês.
- suspender taxas portuárias especiais aplicadas a navios dos EUA.
- retomar a compra de soja americana, sendo 12 milhões de toneladas neste ano e mais 25 milhões anuais pelos próximos três anos. O anúncio traz alívio aos agricultores americanos, já que a China é uma das principais compradoras do grão americano.
O que os EUA se comprometeram a fazer:
- reduzir a tarifa média de importação sobre produtos chineses de 57% para 47%.
- reduzir a tarifa sobre produtos relacionados ao fentanil de 20% para 10%. com efeito imediato.
- retirar a ameaça de taxar em 100% as importações vindas de Pequim. Trump havia ameaçado impor essa tarifa a partir de novembro.
- suspender as taxas portuárias especiais aplicadas a navios chineses que atracam em portos americanos.
- suspender por um ano a norma que restringe o comércio com subsidiárias de empresas incluídas na lista proibida do governo americano.
