Elon Musk, CEO da Tesla, vai depor esta semana no Tribunal de Chancelaria de Delaware. Em questão está o plano de pagamentos que o Conselho de Administração da montadora de carros elétrico criou em 2018 para Musk. O empresário defende seu pacote salarial de US$ 56 bilhões, montante que ajudou a torná-lo o homem mais rico do mundo.
O autor da ação contra Musk e a Tesla, Richard J. Tornetta, pretende provar durante o julgamento que o bilionário usou seu controle sobre a companhia para ditar os termos do pacote de 2018, que, entre outros pontos, não exigia que ele trabalhasse na Tesla em período integral. O pacote ainda permite que Musk compre 1% das ações da Tesla com um grande desconto cada vez que as metas financeiras e de desempenho forem atingidas. Caso contrário, Musk não recebe nada.
No processo, Tornetta argumenta que o pacote salarial foi manipulado com metas de desempenho fáceis e que deveria exigir que Musk trabalhasse em período integral na montadora. No entanto Musk dividiu seu tempo entre vários negócios.
Os diretores de Musk e Tesla, que também são réus, negaram as acusações e afirmam que o pacote salarial cumpriu seu objetivo. Originalmente programado para ser pago ao longo de uma década, o plano acabou sendo extremamente lucrativo para o empresário.
A Tesla foi a ação dos EUA com melhor desempenho em 2020 e se tornou a fabricante de automóveis mais valiosa de todos os tempos nos Estados Unidos: seu valor de mercado pulou de US$ 50 bilhões para mais de US$ 1 trilhão.