Expectativa da população é que o drama de se deparar com preços mais altos a cada ida ao supermercado ou posto de combustíveis esteja com os dias contados. Mas especialistas afirmam que isso não deve acontecer tão cedo
Desde o começo desse ano, a moeda americana já desabou 15% até o pregão da ultima quinta-feira (7), de R$ 5,57 para R$ 4,71. A queda ante ao real é motivada pela entrada de investidores estrangeiros no Brasil em meio à guerra na Ucrânia e pelo salto da taxa básica de juros.
De acordo com economistas, cada queda de 10% do dólar reduz a inflação em 1 ponto percentual. Na teoria isso ajudaria muito o setor de alimentos, já que muitos produtos têm seus preços taxados pela moeda americana. Mas outros fatores também interferem nos valores finais das mercadorias.
A atual alta dos preços de alimentos ainda é reflexo de problemas que surgiram na pandemia, como escassez de matérias-primas e desorganização da cadeia global de suprimentos, que se juntaram, no Brasil, a queda na produção agrícola, seca e valorização do dólar.
Mesmo com todos os cenários melhorando, a indústria do setor deve tentar recompor parte da margem de lucro que perdeu em 2021. Ou seja, repassando reajustes de preços aos consumidores finais.