As ações da Petrobras registraram forte queda nesta segunda-feira (23). Os papéis ordinários fecharam em baixa de 6,03% (R$ 38,35), enquanto os ativos preferenciais tiveram queda de 6,61% (R$ 35,35).
O resultado aconteceu logo após a companhia anunciar a aprovação da revisão da “política de indicação de membros de alta administração e do conselho fiscal” pelo seu Conselho de Administração e indicar alterações na política de distribuição de dividendos. Na prática, a ideia é permitir que políticos entrem no dia a dia da empresa, como ocorria no passado.
Em 2016 as indicações de membros ficaram restritas pela Lei das Estatais, publicada em junho de 2016, quando Michel Temer ocupava interinamente a presidência devido ao afastamento de Dilma Rousseff no processo de impeachment. Por essa lei, indicados a cargos em empresas controladas pelo Estado têm que ter perfil técnico comprovados, experiência no setor de atividade da estatal e estar desvinculado de organizações político-partidárias. Mas o STF suspendeu os efeitos normativos desse trecho da Lei das Estatais.
Menos dividendos
O mercado também foi impactado pelo anúncio da Petrobras de que foi aprovada a criação de uma reserva de remuneração de capital, a ser enviada para deliberação pelos acionistas em assembleia que será convocada futuramente.
Sem mudar a política de remuneração aos acionistas, a Petrobras informou que a reserva será feita somente após o pagamento de dividendos, com o objetivo de guardar recursos para distribuição extraordinária de lucro, juros sobre o capital próprio, suas antecipações, recompras de ações, absorção de prejuízos e, como finalidade remanescente, incorporação ao capital social.