A concessão do aeroporto de Congonhas (SP) – o mais lucrativo do país – deve ser adiada. No cronograma do governo, o ministro relator do processo de concessão, Walton Alencar, deveria levar o assunto ao plenário até o fim de maio. Assim, o leilão poderia ser realizado no fim de julho. Mas Investidores já imaginam um atraso, principalmente pela demora na análise da privatização pelo Tribunal de Contas da União (TCU).
Além disso, após a saída do Santos Dumont da rodada de concessão, o lote de Congonhas incorporou terminais menores, que seriam leiloados com o aeroporto carioca. Assim, Congonhas será concedido com outros dez pequenos aeroportos do interior de Minas Gerais, do Pará e do Mato Grosso do Sul. Neste modelo, investidores acreditam que o bloco de Congonhas ficou “pesado”, com aeroportos demais. 13 grupos entre nacionais e internacionais já demonstraram interesse em Congonhas, mas analistas afirmam que alguns investidores estão desistindo, como o grupo Hamad, do Qatar.
Além de Congonhas e os 10 terminais, também estão nesta rodada outros dois lotes de aeroportos: Belém e Macapá, e o bloco Jacarepaguá e Campo de Marte. Empresários do Rio estão se articulando junto ao TCU e ao governo para retirar o aeroporto de Jacarepaguá desta rodada de concessão. O terminal da Zona Oeste do Rio seria leiloado em conjunto com o Campo de Marte (SP), usado para voos executivos e helicópteros. Os empresários argumentam que não há conexão entre Jacarepaguá e Campo de Marte.