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A Selic não mudou, mas o mercado, sim. Veja como investir agora

O Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) decidiu manter a Selic em 10,50% ao ano. Diante do cenário atual, veja o que os especialistas recomendam em cada classe de ativos: 

Renda fixa

Com títulos públicos oferecendo rentabilidade alta, os investidores encontram refúgio confortável na renda fixa. E o cenário deve ser favorável para a classe por um bom tempo.

Os três principais títulos do Tesouro – Tesouro Selic, Tesouro IPCA+ e Tesouro Prefixado – são indicados por especialistas agora. No Tesouro Selic, o investidor tem muita segurança, já que eles não sofrem efeito de marcação a mercado, e devem seguir pagando juro alto ao longo do ano. 

Nos títulos atrelados à inflação, o juro real superior a 6% ao ano, a proteção contra o aumento de preços e a possibilidade de lucrar com a venda antecipada, vislumbrando fechamento das taxas no longo prazo, são atrativos. Com os prefixados entregando taxa superiores a 12% ao ano, travar a rentabilidade em um patamar alto vale a pena, para os analistas.

Ações

O Ibovespa acumula queda de 10% no ano. Mesmo assim, quem acompanha a Bolsa de perto acredita que o mercado acionário pode ter uma virada no segundo semestre e fechar o ano no azul. O mercado monitora dois fatores de risco a longo prazo: aumento das projeções de inflação e gastos públicos.

As ações estão baratas são do setor de construção civil, com Cury (CURY3) e Lavvi (LAVV3) entre as favoritas. Ações ligadas a commodities também são bem vistas, com destaque para Vale (VALE3) e Suzano (SUZB3), que têm parte de suas receitas em dólar.

Fundos de investimento

Especialistas enxergam boas oportunidades em fundos de ações, diante de cotas e de papéis de empresas mais descontados neste momento. O múltiplo preço sobre lucro da Bolsa está historicamente barato e os lucros das companhias não tem sido revisados para baixo.

Fundos indexados à inflação também são uma opção para o investidor. Os produtos não obtiveram boas performances neste ano, mas poderiam se aproveitar de taxas de juros reais elevadas, em torno de 6%, o que tende a ser raro no país. Já fundos multimercados não estão na lista de preferências e tiveram a posição reduzida recentemente.

Fundos imobiliários (FIIs)

Apesar da concorrência dos títulos públicos, os fundos imobiliários ainda são uma boa opção para o investidor. Existem fundos de recebíveis oferecendo IPCA mais 10%.

Dada a recente desvalorização do mercado – que devolveu os ganhos de 2024 e opera atualmente praticamente no zero a zero, o momento é uma excelente oportunidade de entrada em um mercado que ainda oferece rendimentos isentos de Imposto de Renda.

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