Planejando uma abertura de capital na bolsa de Londres, a varejista chinesa Shein recrutou um antigo alto funcionário da União Europeia para reforçar os seus esforços de lobby na região.
O ex-comissário de orçamento da União Europeia (UE), Guenther Oettinger, será consultor da empresa para ajudar a navegar no ambiente de políticas do bloco.
A UE está avançando em planos para eliminar a brecha que exclui itens avaliados abaixo de € 150 (US$ 164 ou R$ 895) dos impostos de importação, uma vez que os varejistas locais enfrentam uma concorrência crescente de produtos chineses baratos enviados para o bloco.
É um movimento parecido ao que se deu recentemente no Brasil, com o Congresso aprovando o fim da isenção tributária para produtos importados vendidos por plataformas digitais no valor de até US$ 50. A cobrança do imposto para todos os produtos foi apelidada de “taxa das blusinhas”.
A Comissão Europeia tem mantido a indústria da moda ultrarrápida na mira desde 2021, quando a presidente Ursula von der Leyen denunciou-o como “tóxico” devido ao impacto ambiental de roupas baratas e descartáveis. Isso não impediu a Shein de promover uma grande expansão europeia, e preparar uma oferta pública inicial que poderia avaliar a empresa em cerca de £50 bilhões (US$ 64 bilhões ou R$ 350 bilhões).