O vice-presidente Geraldo Alckmin disse neste neste sábado que a redução de tarifas anunciadas por Donald Trump foi “positiva” e que o governo brasileiro vai continuar trabalhando por novos cortes. Ontem, os Estados Unidos reduziram a taxa de 10% para quase 200 produtos, mas mantiveram a sobretaxa de 40% a diversos produtos brasileiros.
A última ordem executiva do presidente Trump foi positiva e na direção correta. Foi positiva. Vamos continuar trabalhando. Conversa do presidente Lula com Trump foi importante no sentido da negociação e, também, a conversa do Mauro Vieira com Marco Rubi — disse ele Alckmin, no Palácio do Planalto
O presidente americano eliminou as chamadas tarifas recíprocas para carne bovina, tomate, café, banana, açaí e outros produtos agrícolas. A medida visa diminuir os custos para o consumidor americano, em uma tentativa da Casa Branca de reagir à derrota nas eleições locais do início deste mês.
No caso do Brasil, as tarifas recíprocas determinadas em abril estão em 10%; em julho foi anunciada uma sobretaxa de 40%. O alívio, nesse caso, será limitado aos 10% de taxas recíprocas.
O documento divulgado no site da Casa Branca explica que a mudança foi motivada pelo “progresso significativo” feito pelo presidente em acordos bilaterais. Esses acordos, afirma o texto, “tiveram e continuarão a ter amplos impactos na produção nacional e na economia como um todo, incluindo acesso aprimorado a mercados para nossos exportadores agrícolas.” O presidente americano afirmou, neste sábado, por sua vez, que novas reduções tarifárias podem não ser necessárias.
Não acho que será necessário (novas reduções em tarifas). Nós só tivemos um pequeno recuo quando alguns alimentos, como o café, por exemplo, que estava com os preços um pouco altos. Agora, eles vão ficar mais baixos em um período muito curto — afirmou o republicano quando questionado por um repórter se novas reduções de tarifas estariam sendo estudadas.