Em dois anos – desde o início da pandemia – a alta dos alimentos foi de 25,8%. O crescimento foi puxado pela inflação medida pelo IPCA (Índice de Preço no Consumidor), que acumula alta de 17% desde o início de 2020.
Isso fez os brasileiros reduzirem o consumo fora do lar, ampliando as compras para a casa. Com isso, 60% da renda das famílias de classes D e E são destinadas aos gastos em supermercados. Além do supermercado, estão em alta gás de cozinha, combustíveis e energia elétrica. Por isso o esforço para cortar despesas nas prateleiras das lojas.
Segundo a empresa de consultoria NielsenIQ, desde início da pandemia o preço da cesta de produtos básicos subiu quase 24,6% no Brasil. É o maior índice de uma lista de 14 países. Outro levantamento aponta que 62% dos domicílios têm hoje algum tipo de restrição de gasto.
Um levantamento feito pela Abras, a Associação Brasileira de Supermercados, constatou que os consumidores brasileiros estão optando por trocar as marcas dos produtos para conseguir manter as compras nos supermercados. Esse comportamento foi detectado em 2021 e segue como tendência esse ano.