Após um pedido feito pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, em evento da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), para que supermercados segurem os preços até o ano que vem, o vice-presidente institucional da entidade, Marcio Milan, negou que o setor esteja apoiando congelamento de preços.
Paulo Guedes havia pedido para que empresários da cadeia de abastecimento alimentar dessem “um freio na alta de preços” para segurar a inflação do país. O ministro falou para que uma nova tabela de valores seja atualizada só em 2023. O presidente Jair Bolsonaro também já havia pedido para que os supermercados reduzissem as margens de lucros com produtos da cesta básica. A inflação do país chegou a 11,73% no acumulado de 12 meses até maio.
Diante do momento de “anormalidade” no comportamento de preços, porém, o setor de supermercados considera necessário que a cadeia de abastecimento tome medidas para tentar reduzir a inflação. As duas propostas encaminhadas pelos supermercadistas foram a redução total dos impostos sobre a cesta básica e a desoneração sobre a folha de pagamento das empresas. O corte de imposto tem aprovação do governo, mas precisa passar pelo Congresso.