A reunião de ministros de Economia e presidentes de bancos centrais dos países do G20 foi concluída neste sábado (16), na Indonésia. No encontro de dois dias um dos principais assuntos debatidos foi a guerra entre Rússia e Ucrânia.
Os chefes de finanças das maiores economias do mundo se juntaram para culpar a Rússia pela onda de inflação global e pela forte deterioração das perspectivas de crescimento no mundo.
A secretária do Tesouro dos EUA, Janet Yellen, foi quem começou o discurso dizendo que o regime de Putin usou alimentos “ como arma de guerra”. Ela disse que as ações do presidente russo provocaram “uma crise global de insegurança alimentar, com o aumento dos preços, fertilizantes e combustíveis”. Metade da alta na inflação nos EUA está atrelada aos custos de energia, que foram pressionados pela guerra da Rússia.
O mesmo tom foi seguido aliados mais próximos dos Estados Unidos. A ministra das Finanças do Canadá, Chrystia Freeland, atribuiu à Rússia a alta inflação, a maior em quatro décadas de seu próprio país. O tesoureiro australiano Jim Chalmers disse que as ações “ilegais e imorais” da Rússia representam um grande obstáculo ao progresso do G20 e ao governo do Japão. O ministro das Finanças, Shunichi Suzuki, disse que toda a responsabilidade pela guerra é da Rússia.
No entanto, a reunião não chegou a nenhum acordo sobre como resolver os muitos itens da agenda – inflação, cadeias de suprimentos, riscos de recessão, dívida, segurança alimentar e mudanças climáticas.
A principal proposta veio da secretária do Tesouro dos EUA. Yellen propôs que se estabeleça um teto do preço do petróleo, mas nada foi concretizado.