Recorde à vista. A Absolar, associação que representa empresas do setor de energia solar, estima que até o final desde ano sejam instalados quase 25 gigawatts médios (GW) em painéis nos tetos de prédios e casas em todo o país. O volume representa quase duas usinas de Itaipu, a maior do país, com 14 gigawatts (GW) de capacidade.
A Absolar informou ainda que a energia solar se tornou a terceira maior na matriz energética brasileira, com 8,1%, ao ultrapassar o gás natural. Está atrás apenas da geração hídrica (principal do Brasil), com 53,9%, e da eólica, 10,8%.
O aumento da procura pela energia solar acontece em um cenário onde o preço do petróleo no mercado internacional não para de subir. Outro fato que estimulou os investimentos no setor foi a lei que prevê isenção de encargos setoriais até o fim de 2045 para quem instalar um sistema de geração própria solar até 7 de janeiro de 2023.
Na prática, se o consumidor gerar mais energia do que consome, ele pode jogar na rede elétrica o excedente e ganhar de volta a mesma quantidade em créditos. Isso é transformado em um desconto na conta de luz. No caso de sistemas solares de pequeno e médio portes, como os instalados em residências, pequenos negócios e pequenos produtores rurais, esse crédito de energia será reduzido em 4,1% já no primeiro ano, redução que sobe para 8,1% no segundo ano. Já no caso de sistemas solares de geração remota ou compartilhada (usinas de maior porte, afastadas do local onde está o consumidor), a redução no valor do crédito será de 29,3%.
Retorno do investimento em 5 anos
Em alguns casos, é possível usar o desconto na conta de luz para pagar o financiamento. Em média, a redução na conta de luz varia entre 80% e 85% com a energia solar. O retorno de um investimento entre R$ 12 mil e R$ 15 mil pode levar de quatro a cinco anos.