Nos seis primeiros meses deste ano quase 70 mil carros passaram a adotar o GNV. A mudança é motivada pela alta dos combustíveis. Um levantamento da Secretaria Nacional de Trânsito mostra que o número de conversões de carros para Gás Natural Veicular (GNV) cresceu 74% no país no primeiro semestre de 2022 na comparação com o mesmo período de 2020.
Em números absolutos foram 67.487 veículos modificados em 2022, frente a 38.747 em 2020. Em 2021, primeiro ano da alta do preço dos combustíveis, o aumento no mesmo período havia sido de 86,65%.
O GNV é considerado um combustível mais eficiente que a gasolina, o etanol e o diesel (os líquidos da vez). Além mais econômico, proporciona maior autonomia ao veículo e também é menos poluente.
Menos gasto e mais rendimento
Esta é a principal vantagem do GNV frente à gasolina, ao etanol e ao diesel. De acordo com a Associação Brasileira das Empresas de Gás Canalizado (Abegás), o gás natural veicular é cerca de 43% a 58% mais econômico que a gasolina e de 44% a 66% mais eficiente que o etanol.
Desvantagens
Por outro lado, assim como o GNV tem vantagens, ele também apresenta desvantagens. Veja algumas delas:
Maior desgaste dos cabos de vela. Com o uso do GNV, os cabos de vela podem se desgastar num período menor que o ideal. A vida útil desses componentes pode cair de 30.000 quilômetros para praticamente a metade.
Travamento das válvulas. Como os cilindros trabalham com um combustível seco, a falta de lubrificação pode causar avaria. O ideal é usar gasolina ou o álcool por 5 km todos os dias.
Perda de potência do motor. Ao instalar o GNV você pode perceber que o motor do seu carro ficou ligeiramente mais fraco. Isso acontece porque o GNV de Geração 5 (um dos mais atuais) apresenta uma perda de potência de cerca de 3% em relação ao motor movido à combustão.
Perda de garantia. Se você tem um carro novo e está pensando em instalar o kit GNV, saiba que você certamente perderá a garantia de fábrica cedida pelo fabricante do veículo (de cinco ou até seis anos, dependendo da marca).