O Banco Central elevou a taxa básica de juros, a Selic, mais uma vez. A taxa passou de de 13,25% para 13,75% ao ano. Essa foi a 12ª alta seguida e coloca os juros no mesmo patamar de novembro de 2016.
A trajetória de elevações na Selic começou em março de 2021, quando o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC elevou a taxa de 2%, a mínima histórica, para 2,75% ao ano. A movimentação tem como objetivo controlar a inflação, que acumula alta de 11,39% em 12 meses.
Ainda há previsão de um novo aumento da Selic para o próximo mês. O Banco Central disse que vai avaliar a necessidade de uma nova alta “residual” em menor magnitude em setembro. Esse movimento provavelmente será de 0,25 ponto percentual, elevando a Selic para 14%.
Ao sinalizar mais um aumento, o Copom afirmou que “seguirá vigilante” e que os passos futuros da taxa básica de juros poderão ser ajustados a depender da conjuntura econômica.
Com mais essa alta, o Copom visa colocar a inflação de 2023 na meta de 3,25%. Para este ano, o BC já jogou a toalha e não deve atingir a meta estipulada em 3,50%. O descumprimento pelo segundo ano consecutivo deve acontecer porque o efeito das altas na Selic demoram de seis a nove meses para chegar na economia real. Ou seja, uma elevação de agosto, só começará a fazer efeito no segundo trimestre do ano que vem.