Nos últimos dias, o Banco Central divulgou a nova taxa básica de juros, a Selic, que teve aumento de 0,50 ponto percentual. Agora, a Selic passou de 13,25% para 13,75% ao ano. Esse foi o 12º aumento consecutivo da taxa.
A taxa básica de juros é usada nas negociações de títulos públicos emitidos pelo Tesouro Nacional no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e influencia todas as operações financeiras feitas no país, incluindo as que você faz no seu dia-a-dia.
Dessa maneira a Selic afeta investimentos que vão desde o Tesouro Direto e a renda fixa, até a tradicional caderneta de poupança. A taxa impacta também nos juros cobrados em financiamentos e empréstimos, até mesmo aquela compra que você parcelou em dez vezes no cartão de crédito. Os valores das parcelas aumentam conforme a Selic.
Por que a Selic aumenta?
O aumento na Selic é uma tentativa de controlar a inflação ao diminuir o ritmo da economia. Os juros mais altos diminuem o acesso ao crédito, que se torna mais caro. Isso faz com que exista menos dinheiro circulando na economia, as pessoas gastam menos, diminuindo a demanda por produtos e levando os preços a caírem. Por outro lado, um aumento exagerado na Selic pode levar a uma recessão.
Inflação e juros em alta no mundo
Essa tendência de inflação e juros altos não é uma exclusividade do Brasil. Está sendo vista em todo o mundo como reflexo da pandemia e da guerra na Ucrânia, dois vilões da economia global nos últimos anos.
O Banco Central dos Estados Unidos atua da mesma forma para controlar a economia do país norte americano. No dia 28 de julho, o FED anunciou a alta de 0,75 ponto percentual na taxa de juros norte-americana, a quarta consecutiva, na tentativa de frear a inflação. Por lá, os juros estão entre 2,25% e 2,5%.