HomeEconomiaBrasilPesquisa de Comércio: vendas...

Pesquisa de Comércio: vendas de combustíveis avançam, e compras de vestuário recuam

A Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) mostrou que as vendas do comércio varejista brasileiro recuaram pelo terceiro mês seguido. O volume de vendas caiu 0,8% em julho – a maior queda para o mês em quatro anos. Combustíveis foi o único segmento a apresentar alta nas vendas. Os dados mostram que o brasileiro passou a comprar menos, mas, ao mesmo tempo, encheu o tanque do carro.

De acordo com o gerente da pesquisa, Cristiano Santos, a terceira queda seguida após meses de alta demonstra a retomada da trajetória irregular pela qual passa o varejo desde o período mais grave da pandemia.

O setor repete a trajetória que vem acontecendo desde março de 2020, com alta volatilidade — diz o analista, que avalia que parte do crescimento do setor até abril recebeu influências do adiantamento do 13º salário e do FGTS e aumento do Auxílio Brasil

Mesmo os segmentos que já se recuperaram da pandemia tem perdido fôlego. O principal motivo comum é a alta dos preços: nove das dez atividades investigadas pela pesquisa apresentaram retração no volume de vendas, ou seja, quando já se desconta a inflação. Apenas a venda de combustíveis e lubrificantes mostrou crescimento, com avanço de 12,2% em relação ao mês anterior.

O principal motivo para o bom resultado no segmento de combustíveis é a queda dos preços. A Petrobras reduziu o preço da gasolina em julho, e o do diesel caiu logo no início de agosto, efeito do corte da alíquota do ICMS e da queda da cotação do petróleo.

Com preços altos, vendas de tecidos e vestuários desabam

Enquanto os combustíveis registram queda nos preços ao consumidor, outros produtos seguiram pesando ainda mais no orçamento das famílias, como é o caso dos preços dos alimentos, eletrodomésticos, roupas, além dos artigos de uso pessoal e doméstico.

A alta dos preços provocou forte queda no número de vendas desses segmentos. O maior recuo em julho foi observado no segmento de tecidos, vestuário e calçados, que caíram 17,1%. A segunda maior queda veio do segmento de móveis e eletrodomésticos, cujo volume de vendas caiu 3%. Na sequência aparecem livros, jornais e revistas (-2%); equipamentos e material para escritório informática e comunicação (-1,5%); artigos farmacêuticos (-1,4%), hiper e supermercados (-0,6%) e outros artigos de uso pessoal e doméstico (-0,5%).

- Anúncio -

Most Popular

More from Author

Eleição americana: Qual será o ‘efeito Trump’ no Brasil?

Não há dúvidas de que a vitória de Donald Trump no comando da...

Mercado imobiliário do Rio cresce 15% e movimenta quase R$ 30 bi

O mercado imobiliário do Rio de Janeiro movimentou R$ 28,8 bilhões...

Banco Central eleva Selic a 11,25% e defende ajustes no orçamento federal

O Banco Central acelerou o ritmo de alta da taxa Selic, na reunião...

Bitcoin quebra recorde histórico após vitória de Trump nos EUA

O mercado de criptomoedas viu o Bitcoin atingir um novo recorde...

- Anúncio -

Read Now

Eleição americana: Qual será o ‘efeito Trump’ no Brasil?

Não há dúvidas de que a vitória de Donald Trump no comando da maior economia dos mundo terá várias ondas de efeitos na economia mundial, sobretudo a brasileira. Os primeiros impactos devem ser percebidos no dólar (apesar da queda registrada um dia após a eleição americana) e nos juros futuros. Com...

Mercado imobiliário do Rio cresce 15% e movimenta quase R$ 30 bi

O mercado imobiliário do Rio de Janeiro movimentou R$ 28,8 bilhões em transações nos primeiros 9 meses do ano, um crescimento de 15,7% em relação ao mesmo período do ano anterior. Os números foram compilados pelo aplicativo RioM² com base nos registros do imposto sobre a transferência de...

Banco Central eleva Selic a 11,25% e defende ajustes no orçamento federal

O Banco Central acelerou o ritmo de alta da taxa Selic, na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) desta quarta-feira (06). Os juros básicos da economia brasileira subiram 0,50 ponto percentual, de 10,75% para 11,25% ao ano. Assim como no encontro anterior, o BC não deu dicas sobre...

Bitcoin quebra recorde histórico após vitória de Trump nos EUA

O mercado de criptomoedas viu o Bitcoin atingir um novo recorde histórico após a vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais dos Estados Unidos. O ativo digital superou todos os picos anteriores, impulsionado por uma combinação de fatores políticos e econômicos que agora geram expectativas de valorização...

Ações da Tesla, de Elon Musk, disparam após vitória de Trump

As ações da Tesla registraram alta de até 15% nas primeiras negociações nos Estados Unidos, enquanto investidores apostam que a fabricante de carros comandada por Elon Musk será uma grande beneficiária com o retorno de Donald Trump à Casa Branca. O CEO da Tesla foi, sem dúvida, o apoiador mais proeminente dos republicanos neste...

Dólar sobe com força no Brasil e no exterior após vitória de Trump; veja reação dos mercados

Donald Trump rapidamente deixou sua marca nos mercados financeiros após vencer as eleições nos Estados Unidos. No Brasil, o dólar subiu com força, chegando a R$ 5,8619 nos primeiros minutos de negociação. A moeda americana se valoriza frente às principais divisas globais. Em comparação à cesta de moedas mais...

Produção industrial cresce 1,1% em setembro, puxada por biocombustíveis e alimentos

A produção industrial cresceu 1,1% em setembro, após alta de 0,2% em agosto. Em comparação com setembro de 2023, o setor cresceu 3,4%. No ano, a indústria acumula alta de 3,1%. Já em 12 meses, a expansão é de 2,6%. O resultado foi puxado, principalmente, pela produção...

Caixa eleva hoje entrada mínima no financiamento imobiliário. Veja simulações

A partir desta sexta-feira (1), a Caixa Econômica Federal reduz a cota de financiamento para até 70% do imóvel e passa a exigir dos clientes uma entrada maior, de no mínimo 30% do valor do imóvel. Anteriormente, a exigência era de um pagamento à vista de 20%. Bancos privados, como Bradesco,Itaú...

Novas regras do Pix contra golpes valem a partir de hoje

Atualmente existem mais de 800 milhões de chaves Pix registradas no Banco Central, o que movimenta mais de R$ 5 bilhões por mês. Para garantir mais segurança e evitar golpes e fraudes, o Pix terá novas regras a partir desta sexta-feira, 1º de novembro.  Agora, transferências realizadas por novos dispositivos serão...

Pix agendado recorrente passa a ser obrigatória a partir de hoje; entenda

A ferramenta do Pix agendado recorrente, que permite agendar pagamentos que são feitos com regularidade, passa a ser obrigatória a partir de hoje. Ou seja, todas as instituições financeiras deverão oferecer o serviço. A obrigatoriedade está prevista em resolução do Banco Central (BC), publicada em dezembro de 2023 e atualizada em...

Mercado vê inflação acima do teto da meta em 2024, aponta Boletim Focus

O mercado prevê inflação acima do teto da meta para 2024. As estimativas do Boletim Focus, que reúne as expectativas de analistas e é divulgado todas as segundas-feiras pelo Banco Central, apontam que o indicador alcançará 4,55% ao fim deste ao, 0,05 ponto percentual acima do limite...

Ações da Azul disparam após empresa fechar acordo e obter US$ 500 milhões em financiamento

As ações da Azul Linhas Aéreas (AZUL4) operam em forte alta na manhã desta segunda-feira (28). Os papéis iniciaram a sessão na Bolsa de Valores de São Paulo em leilão - o que ocorre em momentos de forte volatilidade. E, pouco antes das 10h20, subiam 10,26%, a R$ 5,91. A...