A era das criptomoedas instigou bancos centrais do mundo inteiro a desenvolverem suas próprias moedas digitais. Com o Braisil não é diferente. O laboratório de inovação do Banco Central corre para lançar “Real Digital”, que será uma representação virtual da moeda que circula na economia brasileira.
O Real Digital terá o mesmo valor e poderá ser livremente convertida em depósitos bancários, no papel-moeda e poderá ser utilizada em compras, pagamento de contas e transferências pessoais, assim como o Real convencional.
A principal diferença é que ela poderá ter novas funções que estão sendo desenvolvidas, ampliando aplicações que não são possíveis com o real “convencional”. Fazer transferência offline, agilizar processos de compra e venda de imóveis e facilitar pagamentos internacionais estão entre as novas funções esperadas.
O “Real Digital” ainda esta em fase de testes. Grandes bancos estão participando desse processo e apresentando ideias. Um projeto apresentado pelo Santander, por exemplo, tenta facilitar o processo de compra e venda de um imóvel ou veículo. A premissa é de converter o direito de propriedade em um formato digital e por meio de um smart contract (contrato inteligente), e possibilitar que o pagamento e a transferência da titularidade da propriedade aconteçam ao mesmo tempo.
O Itaú, por exemplo, trabalha em uma proposta que usa o real digital para facilitar as transferências internacionais entre Brasil e Colômbia. Os detentores das moedas poderiam trocar as moedas simultaneamente, facilitando o câmbio entre o Peso e o Real.
O Banco Central vai selecionar projetos para avançar para a fase de pilotos que durará até o segundo semestre de 2024.