O Brasil registrou nova deflação no mês de setembro. O índice dos preços ao Consumidor (IPCA) recuou 0,29% no mês, segundo dados divulgados pelo IBGE. Com o resultado, o indicador ficou em 7,17% no acumulado em 12 meses.
O recuo do índice nos últimos meses foi influenciado, principalmente, pela redução significativa do preço da gasolina. A Petrobras continua reduzindo o valor dos combustíveis nas refinarias, embora haja uma pressão para que os preços subam, já que houve diminuição da oferta de petróleo pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), que fez o preço do barril subir no mercado internacional recentemente.
Segundo o IBGE, não haveria deflação nos últimos três meses caso o preço da gasolina tivesse se mantido estável. De acordo com cálculos do instituto, excluindo a gasolina e redistribuindo seu peso entre os itens da pesquisa, o IPCA registraria alta de 0,15% no mês de setembro e não queda de 0,29%. No mês de julho, em vez de -0,68%, o índice ficaria em 0,39%. Em agosto, a queda de 0,36% passaria para alta de 0,32%.
Com as sucessivas quedas no IPCA, o mercado financeiro vem reduzindo suas projeções para a inflação deste ano. De acordo com o boletim Focus, divulgado pelo Banco Central, a inflação deve encerrar o ano perto de 5,71%.