A economia da China cresceu 3,9% no terceiro trimestre deste ano, em comparação com o mesmo período do ano passado. O cenário positivo superou a expectativa de analistas. Ainda assim, a crise do setor imobiliário deve limitar a expansão chinesa nos próximos meses, levando o país a não cumprir sua meta de crescimento de 5,5% no ano.
Analistas consultados pela Bloomberg esperavam avanço de 3,3% entre julho e setembro, considerando o ritmo atual, já que o país segue com restrições à circulação devido a novos casos de Covid.
Ao contrário de outros países, que optaram por conviver com o vírus da Covid, confiar na vacinação e acabar com as restrições, a China prossegue com uma política de saúde inflexível para conter os casos. As regras ainda são rigorosas com o frequente fechamento de fábricas e isolamento da população, o que inibe o consumo.
A política de Covid zero derrubou a Bolsa de Hong Kong nesta segunda-feira, que fechou em queda de 6,36%, pior resultado desde abril de 2009. A Bolsa de Xangai registrou queda de 2%
O Fundo Monetário Internacional (FMI) já havia reduzido para 3,2% a projeção de crescimento do PIB chinês este ano, a menor desde 1976, com exceção de 2020, ano marcado pela pandemia.