Comprar imóveis em leilão pode ser uma boa alternativa para quem busca realizar o sonho da casa própria. Para as instituições financeiras, leiloar um imóvel é uma forma de conseguir o pagamento por uma dívida. Para um eventual comprador, participar de um leilão pode ser uma forma de adquirir um imóvel com preço mais acessível. Os imóveis podem ter um valor 75% abaixo da avaliação do mercado. No mês de maio grandes bancos como Santander e Bradesco realizarão leilões em parceria com companhias especializadas no segmento. Veja as oportunidades.
Leilão do Banco Santander
O Santander, em parceria com a Sold Leilões, vai leiloar 95 imóveis de 10 estados, com valores iniciais que variam entre R$ 30,8 mil e R$ 35 milhões. O pregão de imóveis residenciais fica no ar até 23 de maio e o de imóveis comerciais, até 24 de maio. Os lances podem ser feitos pela loja online da Sold Leilões.
Entre as opções estão casas, apartamentos, salas, galpões, prédios e terrenos no Rio de Janeiro (23), São Paulo (19), Minas Gerais (18), Mato Grosso (4), Rio Grande do Sul (9), Pernambuco (7), Paraná (5), Bahia (5), Rio Grande do Norte (1) e Santa Catarina (3). Os arrematantes podem aplicar filtros no site de acordo com a região, cidade e valor do imóvel.
Todos os imóveis possuem os débitos de condomínio e IPTU quitados até a data do leilão e as formas de pagamento variam conforme o tipo do imóvel: para os residenciais, há financiamento de até 80% da propriedade em até 420 meses; para salas comerciais, o financiamento é em até 360 meses; para imóveis comerciais (exceto salas comerciais) existe a opção de parcelamento em até 11 vezes sem juros ou em até 60 vezes com juros. Já lotes e terrenos devem ser adquiridos exclusivamente à vista.
Leilão do Bando Bradesco
Em parceria com o Banco Bradesco, a Zukerman, empresa de leilões realizará, no dia 24 de maio, um leilão noturno, às 20h, com lotes de galpões, terrenos, apartamentos, prédios comerciais, casas e propriedades rurais ocupados e desocupados, distribuídos entre Espírito Santo (ES), Goiás (GO), Mato Grosso (MT), Minas Gerais (MG), Pará (PA), Paraná (PR), Rio de Janeiro (RJ), Santa Catarina (SC) e São Paulo (SP).
Os lances vão de R$ 27 mil, com um terreno em Pérola/PR, a R$ 1.677.000,00 no galpão em São Mateus/ES, com mais de 13 mil m². Até o dia 06 de junho, às 11h, haverá ofertas especiais de imóveis do Bradesco disponíveis para propostas. Os valores serão condicionados à aprovação do banco e, para participar dos leilões e ofertar lances, basta se cadastrar no site da Zukerman Leilões.
Cuidados na hora de comprar imóvel em um leilão
1. Saiba como funciona um leilão
O primeiro passo para não ter prejuízo em um leilão é saber exatamente como funciona. O leilão de imóveis acontece depois que um proprietário não honra com seu compromisso de pagamento — seja se tornando inadimplente no financiamento ou não pagando um empréstimo depois de ter dado o bem como garantia. Assim, o patrimônio é tomado pelo credor e levado ao leilão para quitação da dívida. Esse processo pode ser judicial ou extrajudicial. Em ambos os casos, o bem será vendido para o comprador que oferecer o maior lance ao leiloeiro.
2. Veja todas as informações sobre a compra
As informações básicas sobre um leilão são organizadas em um documento chamado de edital. Ele é lançado, geralmente, no site das empresas ou tribunais de justiça. A leitura atenta do edital é indispensável, pois é por meio dele que você saberá tudo o que importa no leilão. O documento delimita os lotes que estão à venda e dá detalhes sobre cada bem. Logo, você fica sabendo quem está vendendo o imóvel, qual é o seu estado de conservação, etc.
Tenha cuidado ao analisar as informações sobre o imóvel de leilão que lhe interessa. O documento mostra, por exemplo, se existem dívidas fiscais relacionadas ao patrimônio. Ele também vai registrar o endereço e a metragem do bem.
3. Cheque a documentação
Os documentos do imóvel de leilão são aspectos essenciais em um processo de leilão. Como os bens chegam à venda por conta da inadimplência, é fundamental saber como está a documentação deles e checar a existência de dívidas e pendências — porque elas são repassadas ao novo comprador.
É nesse contexto que se coloca um dos maiores riscos de ter prejuízo ao comprar um imóvel em leilão. Afinal, o preço de venda pode ser ótimo, mas se tornar desvantajoso se você adquirir junto uma dívida alta.
4. Visite o imóvel
Fica difícil adquirir um imóvel sem vê-lo pessoalmente, não é mesmo? Infelizmente, alguns casos específicos de leilão não autorizam os compradores a visitar o local. Mas em muitos outros é possível fazer essa visita.
Procure essa informação no edital ou entre em contato com o leiloeiro para saber como isso pode acontecer. Então, vá ao imóvel e avalie pessoalmente como estão as condições de conservação, qual é a localização e se o local atinge suas expectativas.
5. Planeje seus lances
Um leilão é, antes de tudo, uma compra estratégica. Você precisa reunir o máximo de informações que embasem seu planejamento sobre os lances que vai dar. O ideal é definir um teto para sua oferta final.
Dessa forma, você terá um valor para guiar suas decisões, sabendo que não pode ultrapassá-lo. Esse limite deve ser referente à quantia que compensa pagar pelo imóvel. Assim, ela cumpre o objetivo de evitar o prejuízo.
6. Veja se o preço vale a pena
A maior oportunidade de comprar um imóvel em leilão é economizar. Mas isso não significa que todo preço vai valer a pena. É preciso ter atenção aos detalhes para conseguir, de fato, comprar seu patrimônio por um valor vantajoso.
Fique atento, principalmente, a possíveis gastos futuros com dívidas, impostos ou reformas no local. Além disso, planeje a forma de pagamento — entrar em um financiamento pode corroer toda a economia.
7. Prefira imóveis desocupados
Alguns bens que vão a leilão ainda não foram desocupados por seus moradores. O comprador tem suporte legal para aguardar a desocupação em até 60 dias. Entretanto, o ideal é que você não precise contar com isso.
Dar lances em imóveis desocupados traz menos dor de cabeça. Eles são mais fáceis para autorizar visitação antes da compra e não envolvem o risco de estresse judicial para garantir a mudança do morador.