O Ministério da Economia elevou a projeção de inflação para 2022 de 6,55% para 7,9%. Por sua vez, a expectativa de crescimento do PIB continuou em 1,5%, mesma projeção feita em março.
Se a expectativa de alta nos preços for concretizada, a inflação ficaria acima do dobro da meta estipulada para este ano. Para 2022, a meta era de 3,5%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual, o que faz um piso de 2% e teto de 5%.
Uma inflação de 7,9% em 2022 também configuraria no segundo ano seguido em que a meta foi descumprida para cima. No ano passado, a a inflação foi de 10,06%, bem acima da meta de 3,75%.
No boletim divulgado pelo Ministério da Economia, a avaliação é de que alimentação e bebidas e o grupo de transportes, principalmente combustíveis, vem apresentando sucessivas altas no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Há um destaque também para a inflação de serviços e de bens.
Para 2023, a projeção também subiu de 3,25% para 3,6%, ainda dentro do intervalo de tolerância da meta de 3,25% para o ano. A partir de 2024, a expectativa é de convergência da inflação para a meta de 3%.