Na próxima semana a Vara Empresarial de Belo Horizonte abrirá os envelopes com as quatro propostas recebidas pelas famigeradas debêntures (títulos de dívidas) de Eike Batista. Essa será a terceira tentativa de vender os papéis desde o ano passado.
A única oferta que teve o valor divulgado até agora é de metade do valor mínimo pedido pela Justiça pelos papéis. Dois fundos internacionais, o Oaktree e o Vox Royalty, e o BTG Pactual estão na disputa.
No edital divulgado em julho, a Justiça informou que pretende arrecadar pelo menos R$ 1,2 bilhão de reais. Mas a oferta da canadense Vox, especializada na gestão de royalties, em associação a Orion, empresa sediada no paraíso fiscal americano de Delaware, só chega a R$ 600 milhões (ou US$ 120 milhões).
Além disso, o potencial comprador coloca algumas condições para fazer o pagamento que podem inviabilizar o negócio – como a exigência de que os papéis não estejam comprometidos com mais nenhuma ação judicial ou contingência que os faça ser requisitados em eventual processo ou execução judicial. Esse é o tipo de condição que pode inviabilizar o negócio, uma vez que as debêntures são alvo de disputa judicial por ex-sócios de Eike no fundo que gerenciava os papéis.
Este é o terceiro leilão dos títulos de Eike. O último, que visava vender os títulos por US$ 350 milhões , em junho, fracassou, porque o único potencial comprador a fazer uma proposta não depositou o dinheiro na data prevista.