A Americanas protocolou nesta quarta-feira na corte de falências americana um pedido para estender a suspensão de pagamento a credores nos Estados Unidos. Assim, todas as decisões da Justiça brasileira em relação à empresa serão reconhecidas na justiça americana, evitando que a companhia seja alvo de medidas cautelares naquela jurisdição.
A empresa, apoiada pelo bilionário Jorge Paulo Lemann, teve seu pedido de recuperação judicial aceito no último dia 19 pela 4ª Vara Empresarial do Rio. Com isso, conseguiu suspender por 180 dias a execução de qualquer dívida no Brasil.
A crise começou quando, em um comunicado aos investidores, a Americanas surpreendeu com a revelação de que havia quase R$ 20 bilhões em “inconsistências bancárias” em seus balanços de 2022 e anos anteriores.
A empresa já apresentou à Justiça sua lista de credores. No documento, a varejista informa ter dívidas de R$ 41,231 bilhões e 7.720 credores, desde bancos e fabricantes de chocolate a gigantes de tecnologia, como Facebook e Spotfy.