A Light S.A., controladora do Grupo Light, entrou com um pedido de recuperação judicial na 3ª Vara Empresarial da Comarca da Capital do Estado do Rio de Janeiro, com uma dívida estimada em R$ 11 bilhões.
Por conta da recuperação, a B3, bolsa de valores de São Paulo, informou que as ações da Light serão excluídas de todos os índices da empresa a partir da próxima segunda (15). Os papéis da companhia de energia despencam cerca de 20% neste pregão.
O pedido de recuperação judicial da holding que controla pode afetar 33 mil investidores pessoas físicas que compraram diretamente títulos da empresa. Além disso, há 26 fundos de crédito com cerca de 3 milhões de cotistas que tiveram perdas com a desvalorização dos títulos da empresa.
Entenda a crise
O maior problema enfrentado pela Light atualmente é a distribuição de energia. A empresa vem sofrendo, cada vez mais, com os furtos de luz no Rio de Janeiro, o que reduz a arrecadação e gera prejuízos financeiros.
Além dos prejuízos financeiros com os furtos, a Light também teve sua receita impactada por conta de uma decisão da Aneel, que determinou que a companhia devolvesse créditos fiscais relacionados à cobrança indevida de PIS/COFINS dos clientes. Em 2021 a empresa teve de devolver R$ 374,2 milhões em descontos nas tarifas, e outros R$ 1,05 bilhão em 2022.