O governo federal vai começar a reduzir as operações do Santos Dumont a partir de julho, estimando fechar 2023 com um movimento ao redor de 9 milhões de passageiros. Com isso, ficaria abaixo dos 10,17 milhões de passageiros de 2022.
A medida vem na esteira dos debates para impulsionar a retomada do aeroporto internacional do Galeão, que vem perdendo passageiros e conectividade, enquanto o Santos Dumont segue saturado. Estudos realizados indicam que, para reativar o Galeão, seria preciso reduzir o movimento do Santos Dumont a seis milhões de passageiros.
A decisão, contudo, é dissonante da defendida pelas autoridades do Rio de Janeiro. A prefeitura e o governo do estado pedem que as operações do Santos Dumont sejam limitadas a voos para São Paulo e Brasília, com a transferência dos demais para o Galeão.
O ministério de Portos e Aeroportos afirmou que fará a redução de capacidade de forma gradativa. A estratégia da pasta será cortar 500 mil usuários da capacidade a cada semestre, limitando o horário de funcionamento do terminal.
O embate acontece desde que a Changi, controladora da concessionária RIOgaleão, pediu para devolver o ativo em fevereiro de 2022, o que resultaria na relicitação do aeroporto. Um ano depois, sinalizou que poderia seguir na gestão do Tom Jobim se as condições do contrato fossem revistas.