Conforme dados do Banco Central as transações entre o Brasil e outros países acumularam déficit de US$ 54,2 bilhões ou 2,76% do PIB nos últimos 12 meses encerrados em abril de 2023.
O saldo negativo de 12 meses até março de 2023 era de US$ 52,4 bilhões, o equivalente a 2,67% do PIB. Em abril de 2022, esse patamar era de US$ 44,6 bilhões ou 2,56% do PIB.
O levantamento divulgado aponta também um saldo negativo de US$ 1,7 bilhão nas contas externas no quarto mês do ano, pior resultado para o mês desde abril de 2019, quanto houve déficit de US$ 3,1 bilhões.
As transações consideram três dados. O primeiro deles é o desempenho da balança comercial de produtos entre o Brasil e outros países, isto é, as exportações e importações.
O segundo dado é a balança de serviços das contas externas do país. É considerado, sobretudo, as compras de brasileiros no exterior, incluindo gastos com importações de serviços financeiros, fretes e aluguel de equipamentos e até gastos de turismo.
A renda primária é o terceiro dado e trata das remessas de dinheiro e pagamentos (lucros, juros e dividendos) que as empresas multinacionais, com filial no Brasil, enviam para o exterior. Nesse cálculo, também estão as remessas que empresas brasileiras recebem do exterior.
Veja o resultado de cada tipo de transação:
- Balança comercial: houve superávit de US$ 6,9 bilhões em abril de 2023, leve aumento ante ao saldo positivo de US$ 6,8 bilhões em abril de 2022;
- Balança de serviços: houve déficit na conta de serviços, que totalizou US$ 3,15 bilhões em abril de 2023, praticamente estável em relação a abril de 2022, que registrou US$ 3,19 bilhões;
- Renda primária: o déficit em renda primária somou US$5,4 bilhões em abril de 2023, aumento de 41,5% comparativamente ao déficit de US$3,8 bilhões um ano antes.