O Ibovespa fechou em forte baixa, acelerando as perdas no fim do pregão e encerrando as negociações em queda de 2,15%, aos 116.145 pontos. A reação do mercado acontece depois do Banco Central diminuir, mais uma vez, a taxa básica de juros. O BC cortou a taxa Selic em 50 pontos-base, para 12,75%.
Usualmente, um corte de juros pela autoridade monetária é positivo para o mercado financeiro, mas o cenário internacional impactou o resultado da bolsa. O Federal Reserve, dos Estados Unidos, que manteve a fed funds no intervalo entre 5,25% e 5,50% na última, sinalizou que vê a taxa avançando de novo nesse ano, com outra alta de 25 pontos-base, e que não a vê caindo durante 2024.
No Brasil, a curva de juros acompanhou a americana, apesar da queda da Selic. Os DIs para 2024 ficaram estáveis, a 12,25%, mas os para 2025 e 2027 subiram, respectivamente, quatro e 5,5 pontos, a 10,57% e 10,53%. As taxas dos contratos para 2029 e as dos para 2031 ganharam, ambas, sete pontos, a 11,06% e 11,36%, respectivamente.
Maiores baixas da bolsa de valores
Entre as maiores quedas do Ibovespa, ficaram companhias alavancadas e ligadas ao mercado interno. As ações ordinárias do Grupo Soma (SOMA3) perderam 6,71%, as da MRV (MRVE3), 4,83%, e as da CVC (CVCB3), 5,42%. Magazine Luiza (MGLU3) e Grupo Casas Bahia (BHIA3), antiga Via, recuaram 6,75% e 1,33%, respectivamente.