A nova tributação da alta renda, em fundos de investimento no exterior (offshore) e exclusivos, está mais próxima de acontecer. O projeto de lei que prevê as taxações foi aprovado no Senado esta semana.
Mas, afinal, o que é um fundo exclusivo?
Fundo dos “super-ricos”
O termo “exclusivo” é usado porque esses instrumentos possuem um ou poucos cotistas, sendo também conhecidos como os fundos dos “super-ricos”. Eles normalmente têm uma composição personalizada e podem aplicar em renda fixa, ações, multimercados, entre outros.
Há cerca de 2.568 fundos exclusivos de investimento com apenas um cotista, segundo levantamento do TradeMap. Destes 2.068 são do tipo multimercados (80,5% do total), 231 (9%) investem em renda fixa e 269 (10,4%) em ações.
Apesar da menor quantidade, os fundos exclusivos de renda fixa concentram 50,4% do patrimônio total. Os fundos multimercados representam 44,6% e os fundos exclusivos de ações apenas 4,9% do total.
Fundos exclusivos pagam Imposto?
Ao contrário de outros fundos de investimentos, os cotistas dos fundos exclusivos só pagam Imposto de Renda (IR) no resgate dos recursos, o que pode levar anos. Em fundos tradicionais, há incidência do chamado “come-cotas”, taxa cobrada duas vezes por ano sobre os rendimentos.
E não há incidência de IR nas movimentações do fundo, o que permite ao gestor comprar e vender diversos ativos ao longo dos anos. Com isso, os fundos ganham em rentabilidade.