As ações da Braskem deixarão de integrar o Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) da B3, a Bolsa de Valores de São Paulo. A decisão ocorre em meio ao afundamento de solo e risco de colapso em Maceió (AL), em uma área de mina operada pela empresa.
Os papéis da empresa continuarão sendo negociados no pregão, mas não farão mais parte do grupo de companhias que têm seu reconhecido comprometimento com a sustentabilidade empresarial.
A decisão de excluir a companhia do ISE considerou os quatro pilares divulgados no plano: o impacto ESG da crise, gestão da crise pela companhia, impacto de imagem da crise na companhia e resposta da companhia à crise.
Brasken da Bolsa
A Braskem é uma empresa química e petroquímica controlada pela Novonor, anteriormente denominada Odebrecht, com participação expressiva da Petrobras. Criada em 2002 pela integração de seis companhias, está entre as seis maiores do segmento no mundo, com mais de 40 unidades industriais em quatro países.
Figura entre as maiores produtoras de resinas termoplásticas nas Américas, com capacidade de produção de cerca de 9 milhões de toneladas. Também produz mais de 10 milhões de toneladas de químicos básicos, e é a maior fabricante mundial de biopolímeros, com capacidade anual de 200 mil toneladas de polietileno feito a partir de etanol de cana-de-açúcar (I’m green bio-based).
Com ações ordinárias (BRKM3) e preferenciais (BRKM5 e BRKM6), está listada no nível 1 de Governança Corporativa da B3 e atende a requerimentos do Nível 2 e Novo Mercado.
Suas ações também são negociadas na Bolsa de Valores de Nova Iorque (EUA) e no Latibex, da Bolsa de Madri (Espanha). Em 2016, a Braskem celebrou Acordo de Leniência com autoridades do Brasil, EUA e Suíça, relacionado a fatos apurados envolvendo a companhia no âmbito das investigações da Operação Lava-Jato.